Nações Unidas, 23 out (EFE).- O relator especial da ONU para a Coréia do Norte, Vitit
Muntarbhorn, pediu hoje a Pyongyang que pare de castigar as pessoas que retornam após tentar deixar o país na busca de asilo político.
"No último ano recebi informação de que se aplicam castigos mais severos contra as pessoas que retornam" à Coréia do Norte, disse o acadêmico tailandês em coletiva de imprensa após apresentar um relatório à Assembléia Geral das Nações Unidas.
Muntarbhorn, que sua entrada no país negada por Pyongyang, não precisou como se aplicam as sanções, mas assinalou que incluem o envio a campos de trabalho.
"Não deveria haver nenhum tipo de castigo contra pessoas que tentam ir ao exterior", apontou.
O relator especial descreveu a Coréia do Norte como "um país fechado, não democrático e repressivo", no qual não se reconhecem os direitos humanos básicos como a liberdade de expressão, comunicação e religião.
Ele assegurou que o regime comunista da Coréia do Norte segue praticando a tortura, as execuções públicas e os castigos coletivos.
"Se um pai descontenta as autoridades, é toda sua família que termina no campo de trabalho", explicou.
O relator disse que não pode estimar quanto são os reclusos em prisões ou campos de trabalho, mas indicou que, pelas informações que recebeu a respeito, "deve ser um número grande".
Muntarbhorn pediu ao Governo norte-coreano em seu relatório destinado à Assembléia Geral que ponha fim às execuções públicas e ao castigo às pessoas devolvidas no país, assim como que facilite o completo acesso a seu território às organizações humanitárias internacionais.
Fora isso, pediu que Pyongyang coopere plenamente no esclarecimento da situação dos cidadãos japoneses seqüestrados no passado por agentes norte-coreanos
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