ONU descarta aceitar democratização de Mianmar sem avanço em direitos humanos
Em um discurso na Assembléia Geral das Nações Unidas, o advogado argentino apresentou os quatro elementos que considera indispensáveis para melhorar a situação dos direitos humanos em Mianmar.
"Qualquer decisão que o Governo tomar não pode ser aceita se estes pontos em matéria de direitos humanos não forem aplicados", disse o relator em entrevista coletiva após seu pronunciamento na ONU.
Os quatro elementos são: a eliminação das leis de emergência, a libertação progressiva dos presos políticos, a independência do Poder Judiciário e a instrução do Exército no respeito aos direitos humanos.
"As carências em Mianmar não são apenas nas esferas política e civil, mas também em matéria econômica e social", apontou.
Ojea Quintana disse que o plebiscito realizado em maio sobre a nova Constituição promulgada pela Junta Militar birmanesa foi um "engano".
O argentino admitiu que a construção de democracias "leva tempo", mas destacou que o respeito aos direitos humanos deve ser seu ponto de partida.
Ojea Quintana substituiu no posto de relator especial da ONU o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, que teve sua entrada em Mianmar proibida devido às suas denúncias sobre a contínua repressão no país. EFE
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