terça-feira, 28 de outubro de 2008

ONU descarta aceitar democratização de Mianmar sem avanço em direitos humanos

ONU descarta aceitar democratização de Mianmar sem avanço em direitos humanos

Da EFE

Nações Unidas, 23 out (EFE).- O relator especial da ONU para os Direitos Humanos em Mianmar (Mianmar), Tomás Ojea Quintana, disse hoje que não é possível aceitar um processo democrático no país asiático que não inclua avanços nos direitos humanos.

Em um discurso na Assembléia Geral das Nações Unidas, o advogado argentino apresentou os quatro elementos que considera indispensáveis para melhorar a situação dos direitos humanos em Mianmar.


"Qualquer decisão que o Governo tomar não pode ser aceita se estes pontos em matéria de direitos humanos não forem aplicados", disse o relator em entrevista coletiva após seu pronunciamento na ONU.


Os quatro elementos são: a eliminação das leis de emergência, a libertação progressiva dos presos políticos, a independência do Poder Judiciário e a instrução do Exército no respeito aos direitos humanos.


"As carências em Mianmar não são apenas nas esferas política e civil, mas também em matéria econômica e social", apontou.


Ojea Quintana disse que o plebiscito realizado em maio sobre a nova Constituição promulgada pela Junta Militar birmanesa foi um "engano".


O argentino admitiu que a construção de democracias "leva tempo", mas destacou que o respeito aos direitos humanos deve ser seu ponto de partida.


Ojea Quintana substituiu no posto de relator especial da ONU o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, que teve sua entrada em Mianmar proibida devido às suas denúncias sobre a contínua repressão no país. EFE

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