terça-feira, 18 de novembro de 2008

Guiné-Bissau: CPLP considera que legislativas foram livres

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) considerou hoje «justas, livres e ordeiras» as eleições legislativas de domingo na Guiné-Bissau, embora tenha lamentado «casos pontuais de atrasos» logísticos no decorrer do processo.

Em conferência de imprensa no Centro Cultural Português (CCP), em Bissau, o chefe de missão da observação eleitoral da CPLP, o angolano Norberto dos Santos «Kwata Kanawa» afirmou que a sua equipa «constatou que as eleições (...) decorreram de forma ordeira e permitiram a livre expressão do sufrágio universal pela população guineense, havendo, no entanto, a lamentar casos pontuais de atrasos na logística eleitoral».

Para a CPLP, os «atrasos pontuais» detectados no terreno no dia da votação foram «dirimidos de forma célere» pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), cujo «empenho e dedicação» foram realçados por Norberto dos Santos.

Ladeado dos embaixadores de Angola (António Brito Sozinho), do Brasil (Jorge Kadri) e de Portugal (José Manuel Paes Moreira), o chefe da missão lusófona frisou ainda que a CPLP saúda o povo guineense pela forma «cívica» e pela «maturidade politica» demonstrada em todo o processo eleitoral.

Para a CPLP, este facto «reflecte um progresso tangível na consolidação do sistema democrático» na Guiné-Bissau.

Os observadores lusófonos desenvolveram a sua acção nas regiões de Bissau, Bafatá, Gabu, Oio, Cacheu, Biombo e Quinará.

Questionado pelos jornalistas sobre as declarações do candidato do Partido da Renovação Social (PRS) e ex-Presidente Kumba Ialá, que diz não aceitar «qualquer resultado forjado ou manipulado», Norberto dos Santos recusou-se a responder a questões de «política interna da Guiné-Bissau», reafirmando que as eleições «foram livres e transparentes».

O chefe da missão de observação da comunidade lusófona pediu aos líderes políticos guineenses que «respeitem a vontade popular» e que o partido vencedor forme um «bom Governo», que dê inicio «à tarefa de reconstrução» da Guiné-Bissau.

Diário Digital / Lusa

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